
Qual é a importância da alimentação saudável na educação das crianças e dos adolescentes?
Ter uma alimentação saudável na fase da infância e adolescência contribui para o crescimento e desenvolvimento da criança/jovem a vários níveis (físico, motor, emocional, social e cognitivo), bem como para a prevenção de doenças.
Crianças bem alimentadas têm mais hipóteses de ficar mais interessadas nas atividades educativas, têm uma maior concentração e mais energia tanto para os estudos como para brincarem e se divertirem.
Promover bons hábitos alimentares na infância e adolescência é benéfico também para a fase adulta, pois muitos dos hábitos alimentares adquiridos na infância perpetuam-se com a idade.
10 dicas para uma alimentação saudável na educação infantil
É essencial que as crianças tenham acesso a uma alimentação equilibrada, ou seja, com nutrientes adequados para o seu crescimento e desenvolvimento e que permitam que tenham uma relação pacifica com a comida e o próprio corpo.
Para isso, algumas dicas práticas são bem-vindas, como por exemplo:
- fale de maneira positiva sobre os alimentos;
- considere que as crianças se autorregulam;
- não ofereça açúcar para as crianças menores de dois anos;
- não se foque no peso;
- deixe as crianças longe de dieta restritiva;
- ofereça uma alimentação variada;
- incentive o consumo de novos alimentos;
- ofereça água;
- não faça chantagem;
- torne o ambiente da alimentação agradável.
Veja abaixo os detalhes de cada uma dessas dicas que podem ajudar tanto os pais, quanto cuidadores, professores e toda a comunidade escolar com a comida das crianças.
1- Fale de maneira positiva sobre os alimentos
Atualmente existem muitos moralismos acerca da alimentação. É comum dividir os alimentos como “bons” ou “maus”, “proibidos” ou “permitidos”. No entanto, essa divisão pode levar a um sentimento de culpa por parte das crianças e até mesmo a um maior desejo por esses alimentos.
2- Considere que as crianças se autorregulam
É comum preocupar-se com a quantidade de comida que a criança come. Mas para uma alimentação saudável infantil o melhor é confiar nos sinais de fome e saciedade que são bastante aguçados na infância. A criança sabe a hora para comer e quando parar de comer. Confie nela!
3- Não ofereça açúcar para crianças menores de dois anos
Não há necessidade de oferecer alimentos com excesso de açúcar, como guloseimas, doces, chocolates, bolachas recheadas, sumos e refrigerantes a crianças menores de dois anos. Dê-lhes oportunidade de consumirem alimentos nutritivos de todos os grupos alimentares e só então permita que conheçam os doces e, nesse caso, com moderação.
4- Não se foque no peso da criança
Tenha em mente que o seu filho está em fase de desenvolvimento, por isso focar-se no peso e na ideia de emagrecer não é a melhor forma. Na verdade, acreditamos que magreza é sinónimo de saúde, mas não é. Existem corpos saudáveis de todos os tamanhos e formas.
Sem falar que estar saudável inclui uma boa saúde mental. E essa obsessão por reduzir os quilos na balança e por um corpo magro não contribuem em nada para a saúde mental das nossas crianças.
Em vez do peso, preze por uma alimentação saudável e por bons comportamentos alimentares. Assim, o seu filho chegará a um peso saudável sem stress nem cobranças.
5- Deixe as crianças longe de dietas restritivas
A Restrição alimentar não traz benefícios para os adultos e muito menos para as crianças, mesmo que apresentem obesidade infantil. Não se esqueça que elas precisam de nutrientes para crescerem, se desenvolverem, brincarem e se divertirem.
Além disso, as dietas são muito stressantes! A longo prazo levam à redução do metabolismo e aumento do apetite.
6- Ofereça uma alimentação variada
Em vez da restrição alimentar, uma alimentação saudável na infância deve ter como base comida fresca e caseira e ser composta de alimentos de todos os grupos alimentares:
- leguminosas, como os feijões;
- cereais;
- raízes e tubérculos;
- frutas, legumes e verduras;
- castanhas e nozes;
- leite e derivados;
- carne, peixe e ovos.
Com esse tipo de alimentação, a criança poderá ter acesso aos nutrientes e energia que necessita.
7- Incentive o consumo de novos alimentos
Introduzir novos alimentos pode não ser uma tarefa fácil na alimentação das crianças. Para torná-la mais tranquila, o melhor é não pressionar. Ofereça o alimento várias vezes, mas sempre respeitando o tempo das crianças.
Dê oportunidade para elas brincarem com a comida, sentindo a textura e o cheiro até se sentirem à vontade para experimentar o sabor. Também é importante que não sejam oferecidos muitos alimentos novos ao mesmo tempo.
8- Ofereça água sempre que necessário
A água é o melhor líquido para a criança se manter hidratada. Se ela está com sede, não ofereça sumos ou outras bebidas ao invés dela. Mesmo os naturais podem conter bastante açúcar proveniente das frutas e deixar o estômago da criança cheio, interferindo na sua perceção de fome e saciedade.
E não esqueça que sumos para bebés menores de um ano não são recomendados. Mesmo após essa idade, devem ser consumidos ocasionalmente, dando preferência àqueles preparados com frutas naturais.
9- Não faça chantagem
“Se comer legumes, pode comer o chocolate”. Evite esse tipo de chantagem se quer oferecer uma alimentação mais saudável para as crianças. Atitudes como esta podem levar a criança a acreditar que os legumes não são bons e a sobrevalorizar o chocolate. Além disso, premiar ou consolar as crianças com alimentos pode contribuir para que elas passem a descontar os seus sentimentos na comida, como acontece em casos de “fome emocional”.
10- Torne o ambiente da alimentação agradável
Por fim, um ambiente agradável, limpo, tranquilo e sem comentários sobre o corpo das crianças ou sobre a quantidade de comida que consomem pode contribuir bastante para uma alimentação saudável na educação infantil.
Fonte: https://sophiederam.com/br/
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